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O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio que acarreta alterações no neurodesenvolvimento do indivíduo, interferindo na organização dos pensamentos e emoções, podendo impactar na comunicação, linguagem, comportamento e interação social.
Algumas características que podem ser encontradas em pessoas com TEA são:
Nem sempre autistas são pessoas que se isolam, não interagem, são agressivas ou dependentes. O autismo é um espectro amplo com diferentes níveis que representam um panorama não descrito de forma exata. O grau de TEA pode ser leve, com independência completa e poucas dificuldades de adaptação, ou mais grave com necessidade de apoio para atividades cotidianas por toda a vida.
Possuem autonomia e certa independência;
Têm capacidade para trabalhar, estudar, constituir família;
São, em muitos casos, valorizados por inteligência acima da média;
Aprendem a minimizar características do autismo em contextos sociais;
Sofrem pela incompreensão relacionadas ao seu comportamento (às vezes não diagnosticado);
Não possuem dificuldades na fala, mas apresentam dificuldade para interação social;
Falam o que pensam (exageradamente honestos);
Têm dificuldade para compreender expressões de duplo sentido e metáforas (são literais);
Enfrentam obstáculos para interpretar sentimentos, tons de voz, linguagens gestuais e expressões faciais;
São inflexíveis;
Possuem fixação por interesses restritos;
Apresentam estereotipias (gestos ou comportamentos repetitivos);
Demandam pouco tratamento.
Possuem características evidentes, ao contrário do nível 1;
Quase não tomam inciativa para interagir;
Podem apresentar dificuldades na oralidade (atraso de fala, uso de sentenças inacabadas ou fora de contexto);
Apresentam mais interesses restritos;
Possuem estereotipias mais perceptíveis;
Ficam mais isolados;
São mais resistentes a mudanças;
Apresentam mais crises de estresses e agressividade;
Têm dificuldades de aprendizagem;
Precisam de apoio para se conectarem com o meio.
Apresentam mais e dificuldades e quadros mais graves de comprometimento;
Demonstram iniciativa muito reduzida e enfrentam grande dificuldade para se comunicarem;
Muitas vezes, não reagem ou não demonstram perceber a interação dos outros;
A comunicação é bastante limitada e a fala seriamente comprometida;
Alguns não desenvolvem a fala e dependem de um mediador para se comunicar e interagir;
Tendem a se isolar quase completamente;
Exibem comportamentos repetitivos intensos;
Mostram grande fixação em interesses restritos;
Encontram extrema dificuldade para participar de atividades que não correspondam aos seus interesses;
Mesmo com tratamentos intensivos, acompanhamento especializado e apoio familiar, mantêm um nível muito baixo de autonomia na vida cotidiana.
O autismo é apresentado de maneira específica para cada indivíduo. Apesar de haver algumas características em comum, pessoas no mesmo nível podem apresentar manifestações de comportamento diferenciadas.
Os sinais surgem nos primeiros meses de vida e podem ser melhor percebidos a partir de 2 ou 3 anos de idade. É identificado através de análise clínica feita durante o acompanhamento do desenvolvimento e observações da criança por profissionais adequados.
O diagnóstico precoce e a realização de estímulos o quanto antes são fatores positivos para aumentar a independência e a qualidade de vida do paciente através do desenvolvimento cognitivo, linguagem e habilidades sociais.
Embora não haja cura, o acompanhamento multidisciplinar por profissionais como médicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos e pedagogos pode auxiliar para que atividades cotidianas sejam realizadas com mais facilidade e para que haja aprimoramento na comunicação. Cada paciente com essa condição deve receber apoio específico e individualizado de acordo com suas necessidades e fase da vida.
O acompanhamento profissional é importante, pois pode trazer os seguintes benefícios:
A causa do autismo ainda é desconhecida pela ciência. Especula-se que há múltiplas origens que podem ser oriundas de fatores genéticos, biológicos e ambientais.
Este conteúdo tem caráter informativo. Para mais detalhes e para saber como proceder no seu caso, procure um profissional da saúde relacionado à questão a qual deseja se aprofundar.
FONTES:
Ministério da Educação – IFPB Instituto Federal da Paraíba: https://www.ifpb.edu.br/assuntos/fique-por-dentro/niveis-do-transtorno-do-espectro-autista
Ministério da Saúde: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/abril/tea-saiba-o-que-e-o-transtorno-do-espectro-autista-e-como-o-sus-tem-dado-assistencia-a-pacientes-e-familiares
Biblioteca Virtual em Saúde. Ministério da Saúde: https://bvsms.saude.gov.br/transtorno-do-espectro-autista-tea-autismo/
Governo do Estado de São Paulo: Protocolo do Estado de São Paulo de Diagnóstico, Tratamento e Encaminhamento de Pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA): https://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/profissional-da-saude/homepage//protocolo_tea_sp_2014.pdf